07/06/11
Adormecer
Estes últimos anos sinto a vida a escorregar-me por entre os dedos.
Como se de uma clara de ovo da qual se separa da gema se tratasse.
Sinto que o vazio tornou-se ainda mais vazio, mais silencioso, mais misterioso e indefinido.
Como se nunca tivesse vivido, sinto a vontade enorme de o fazer pela primeira vez.
Sinto que chegou o momento.
Mas como posso? Como deixar tudo para trás sem remorsos?
Como seguir em frente se estou atolada até ao pescoço com o passado misturado com o presente?
Como posso pedir a alguém que seja paciente quando eu também já não o sou?
Que entenda a minha situação quando eu mesma não a aceito?
Que me dê um tempo quando eu mesma sinto que não o tenho?
Sinto-me um comboio com apenas uma pessoa sentada, querendo parar em alguma estação e dizendo sempre: "na próxima eu saltarei" mas não.
Sigo sempre, nunca paro, nunca exploro, nunca descubro nada de novo.
Sinto que as raras ocasiões de liberdade são desperdiçadas com demasiadas conversas fiadas, demasiados devaneios, demasiado álcool.
Sinto que a ressaca do outro dia é merecida, não por ter bebido em demasia mas porque a vida continua a mesma azia.
Perdida, sem rumo, afundada em sonhos que não persigo mas antes rezo e espero que venham até mim.
Desejo o impossível? Não.
Apenas desejo algo que sei que pouco irá mudar a situação actual.
Desejo o impensável? Sim.
Por vezes desejo o que não deveria desejar entre a dúvida se conseguiria triunfar ou se estaria destinada a falhar.
Medo? Tenho da solidão que virá! Tenho medo do ostracismo a que estarei destinada. Tenho medo de não conseguir dizer nada...
Quero dar o salto, quero chegar a beira do penhasco. Quero lançar-me do alto sem saber o que irei encontrar lá em baixo.
Sinto que vou, sinto que chegou o momento, sinto que é agora ou nunca.
Sinto os anos a passar, a auto-estima a encolher e o meu cérebro a envelhecer...
Deixo-me adormecer.
Como se de uma clara de ovo da qual se separa da gema se tratasse.
Sinto que o vazio tornou-se ainda mais vazio, mais silencioso, mais misterioso e indefinido.
Como se nunca tivesse vivido, sinto a vontade enorme de o fazer pela primeira vez.
Sinto que chegou o momento.
Mas como posso? Como deixar tudo para trás sem remorsos?
Como seguir em frente se estou atolada até ao pescoço com o passado misturado com o presente?
Como posso pedir a alguém que seja paciente quando eu também já não o sou?
Que entenda a minha situação quando eu mesma não a aceito?
Que me dê um tempo quando eu mesma sinto que não o tenho?
Sinto-me um comboio com apenas uma pessoa sentada, querendo parar em alguma estação e dizendo sempre: "na próxima eu saltarei" mas não.
Sigo sempre, nunca paro, nunca exploro, nunca descubro nada de novo.
Sinto que as raras ocasiões de liberdade são desperdiçadas com demasiadas conversas fiadas, demasiados devaneios, demasiado álcool.
Sinto que a ressaca do outro dia é merecida, não por ter bebido em demasia mas porque a vida continua a mesma azia.
Perdida, sem rumo, afundada em sonhos que não persigo mas antes rezo e espero que venham até mim.
Desejo o impossível? Não.
Apenas desejo algo que sei que pouco irá mudar a situação actual.
Desejo o impensável? Sim.
Por vezes desejo o que não deveria desejar entre a dúvida se conseguiria triunfar ou se estaria destinada a falhar.
Medo? Tenho da solidão que virá! Tenho medo do ostracismo a que estarei destinada. Tenho medo de não conseguir dizer nada...
Quero dar o salto, quero chegar a beira do penhasco. Quero lançar-me do alto sem saber o que irei encontrar lá em baixo.
Sinto que vou, sinto que chegou o momento, sinto que é agora ou nunca.
Sinto os anos a passar, a auto-estima a encolher e o meu cérebro a envelhecer...
sinto que vou, sinto que devo...mas no final
Deixo-me adormecer.
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Acerca de mim
- Patty
- Sou simpática, embora ás vezes tenha cara de poucos amigos. Tenho 1,80 só a título informativo... Sou de Escorpião e tenho todas as más e boas qualidades desse lindo signo. Sou brasileira, carioca e orgulhosamente Flamenguista e Benfiquista. Tenho os meus traumas e dramas, por isso não há melhor lugar no mundo para falar deles, do que aqui!!
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2 comentários:
Vai... só arriscando é que poderás ter respostas. Alem disso terás sempre amigos que te poderão amparar se alguma coisa correr mal. Sozinha não estás.
*hug*
Obrigada Vizinha!!
*hugback*
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