04/02/10
Indignação e Tristeza
Ontem, teria colocado aqui um Lesbian TV Alert mas apenas soube do programa minutos antes deste começar. No Linha da Frente, falou-se da vergonhosa discriminação que a Teresa e a Helena, as duas mulheres que há alguns anos atrás deram início a uma luta, apenas ganha por nós agora: o do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Acho que todos nós nos lembramos de quando elas apareceram pela primeira vez na Tv, ao lado do Advogado, de mãos dadas e a lutar por um direito que sempre nos deveria ter sido atribuído.
Foi portanto com muita tristeza que vi as dificuldades por que passam agora. Não fazia ideia da discriminação a que foram sujeitas estes últimos anos. De não terem trabalho, de passarem fome ás vezes, de serem expulsas de casas que alugam apenas por serem um casal. Mas que absurdo é esse, que faz com que duas pessoas sejam tão discriminadas apenas por estarem juntas?
Podem ver aqui, quem não sabia como eu, a reportagem do programa neste link. E me digam, se puderem, o que motiva tanto ódio nas pessoas, ao ponto de duas mulheres perfeitamente saudáveis, terem de viver do Rendimento Social de Inserção, porque ninguém lhes dá trabalho por serem lésbicas???
Ok, não é regra geral, pois muitas outras lésbicas não enfrentam esse problema, têm um bom emprego, casa, carro e todas as regalias que o seu ordenado lhe permite ter mas caramba, quantas mais estão na mesma situação?
Será que andamos a tapar o sol com a peneira e lutamos por um direito que no final, apenas servirá para gerar ainda mais discriminação? Como serão aceites estes novos pais, como disse e bem o Psicólogo no programa, nas escolas, nas actividades com os filhos dos outros? Para já não falar dos próprios filhos, sendo também eles vítimas de preconceito e não digo por parte de outros miúdos, pois a canalha é cruel por natureza mas dos próprios professores, educadores, auxiliares?
Ontem fui dormir com uma imensa tristeza e com a impressão de que esse direito, verdadeiramente, ainda não nos serve para nada!
Desejo tudo de bom para a Teresa e a Helena e suas filhas. E que alguém que tenha visto o drama, tenha não compaixão pois disso elas não precisam mas a coragem ou o quer que seja de lhes ajudar.
Foi portanto com muita tristeza que vi as dificuldades por que passam agora. Não fazia ideia da discriminação a que foram sujeitas estes últimos anos. De não terem trabalho, de passarem fome ás vezes, de serem expulsas de casas que alugam apenas por serem um casal. Mas que absurdo é esse, que faz com que duas pessoas sejam tão discriminadas apenas por estarem juntas?
Podem ver aqui, quem não sabia como eu, a reportagem do programa neste link. E me digam, se puderem, o que motiva tanto ódio nas pessoas, ao ponto de duas mulheres perfeitamente saudáveis, terem de viver do Rendimento Social de Inserção, porque ninguém lhes dá trabalho por serem lésbicas???
Ok, não é regra geral, pois muitas outras lésbicas não enfrentam esse problema, têm um bom emprego, casa, carro e todas as regalias que o seu ordenado lhe permite ter mas caramba, quantas mais estão na mesma situação?
Será que andamos a tapar o sol com a peneira e lutamos por um direito que no final, apenas servirá para gerar ainda mais discriminação? Como serão aceites estes novos pais, como disse e bem o Psicólogo no programa, nas escolas, nas actividades com os filhos dos outros? Para já não falar dos próprios filhos, sendo também eles vítimas de preconceito e não digo por parte de outros miúdos, pois a canalha é cruel por natureza mas dos próprios professores, educadores, auxiliares?
Ontem fui dormir com uma imensa tristeza e com a impressão de que esse direito, verdadeiramente, ainda não nos serve para nada!
Desejo tudo de bom para a Teresa e a Helena e suas filhas. E que alguém que tenha visto o drama, tenha não compaixão pois disso elas não precisam mas a coragem ou o quer que seja de lhes ajudar.
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Acerca de mim
- Patty
- Sou simpática, embora ás vezes tenha cara de poucos amigos. Tenho 1,80 só a título informativo... Sou de Escorpião e tenho todas as más e boas qualidades desse lindo signo. Sou brasileira, carioca e orgulhosamente Flamenguista e Benfiquista. Tenho os meus traumas e dramas, por isso não há melhor lugar no mundo para falar deles, do que aqui!!
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4 comentários:
Também não tinha visto...
acho que a aprovação do casamento não é uma solução instantânea, até porque mesmo com o direito de casar garantido muita gente vai permanecer "desacasadinho" para evitar problemas (muitos)... mas é um passo para o início de muitos anos ou décadas (séculos acho que não)de um percurso em direcção à "naturalidade" face à homossexualidade. Também acredito que os primeiros "corajosos" vão ter uma vida bastante difícil...
Também fiquei surpreendida com a inacção das associações, pensava que davam apoio jurídico... desilusão!
Bom, se o caso especifico delas fosse apenas uma questão de dinheiro talvez não fosse difícil ajudar mas até que ponto se resumiria a isso? E depois de terem dinheiro?
Também gostava de saber onde estão as famílias destas duas??? Os pais? Os tios? Irmãos, primos?
Bruna :(
O caso delas Bruna não é dinheiro. É alguém que não seja preconceituoso e lhes dê um trabalho decente para elas se sustentarem. Independente da orientação sexual delas.
De resto, sei que os pioneiros nisso dos casamentos homossexuais vão ter um target no pescoço. Mas não se pode desistir, nunca.
Quanto ás associações, tb pensei que prestassem um apoio maior e tb foi uma grande desilusão.
Concordo que o centro não seja o dinheiro, mas no momento estão com um problema imediato muito grave que se prende directamente com falta de dinheiro, estão impossibilitadas de satisfazer uma necessidade básica: comer! Depois, não acredito que uma pessoa sem comer (já para não falar de vestir, etc.) possa ir a uma entrevista de emprego e ter sucesso... acho que sim, que ajuda financeira iria dar um empurrão para se restabelecerem e terem condições de fazer alguma coisa. Por outro lado, não sei se depois (mesmo assim) iriam conseguir prosseguir...
Bruna
Indignado, triste, chocado...
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