Perdoar mas não esquecer ou esquecer e perdoar?
Traição é sempre difícil. Até para os amigos mais próximos, divididos entre os dois lados. Aquele que traíu e o que foi traído.
Pessoalmente, nunca seria capaz de esquecer uma traição. Perdoar sim mas esquecer não. E quando se perde a confiança em alguém que amamos, não dói apenas o acto em si mas a pouca importância dada por essa pessoa ao acto que cometeu.
Frases feitas do tipo: "Não teve importância nenhuma", "Foi um erro" ou "Foi sem querer" tornam mais difícil a tarefa de esquecer ou perdoar.
Se alguém que nós amamos nos é infiel e vem com uma conversa fiada dessas, o que pensar? Que não somos realmente importantes, ao ponto de sermos trocados, embora por breves instantes, por uma coisa que nem teve importância? Isso não é amor.
É preferível então que a pessoa em causa nos diga que sentiu uma atracção irresistível e não se controlou ou saber que foi na onda e dormiu com alguém que no final, nem lhe interessa? O que dói mais?
Acho que dói tudo, a alma, o coração, a humilhação quando outras pessoas descobrem, a quebra de algo tão maravilhosamente conseguido como a confiança que dificilmente será reconquistada.
Por isso, nesse caso, eu tomo partido de quem sofre por saber que 4 anos de vida em comum, não impediram 15 minutos de estupidez, de existirem.
Pessoalmente, nunca seria capaz de esquecer uma traição. Perdoar sim mas esquecer não. E quando se perde a confiança em alguém que amamos, não dói apenas o acto em si mas a pouca importância dada por essa pessoa ao acto que cometeu.
Frases feitas do tipo: "Não teve importância nenhuma", "Foi um erro" ou "Foi sem querer" tornam mais difícil a tarefa de esquecer ou perdoar.
Se alguém que nós amamos nos é infiel e vem com uma conversa fiada dessas, o que pensar? Que não somos realmente importantes, ao ponto de sermos trocados, embora por breves instantes, por uma coisa que nem teve importância? Isso não é amor.
É preferível então que a pessoa em causa nos diga que sentiu uma atracção irresistível e não se controlou ou saber que foi na onda e dormiu com alguém que no final, nem lhe interessa? O que dói mais?
Acho que dói tudo, a alma, o coração, a humilhação quando outras pessoas descobrem, a quebra de algo tão maravilhosamente conseguido como a confiança que dificilmente será reconquistada.
Por isso, nesse caso, eu tomo partido de quem sofre por saber que 4 anos de vida em comum, não impediram 15 minutos de estupidez, de existirem.
19/06/08
Depilação Cavada
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.
Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
_..é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
DepilacaoCavada_screen2 Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter
aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval
continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas
recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
-Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe de arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei
esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
DepilacaoCavada_screen3 Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais,
vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Filha da puta foi a mulher que inventou a "cavadinha".
Autor(a): anônimo(a)
Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
_..é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
DepilacaoCavada_screen2 Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter
aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval
continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas
recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
-Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe de arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei
esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
DepilacaoCavada_screen3 Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais,
vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Filha da puta foi a mulher que inventou a "cavadinha".
Autor(a): anônimo(a)
10/06/08
Gente estranha
Hoje em conversa com uma amiga, ela disse-me que suspeitava de um vizinho. Que ele já tinha namorado uma rapariga antes mas que depois disso nunca mais o viu com ninguém e que de uns tempos para cá, ele andava diferente.
Diferente como? - perguntei.
Bem -ela começou a contar sobre a tal diferença- ele não sai de casa aos fins-de-semana e vai sempre a casa dele um rapaz, que dorme lá e vai embora na 2ª-feira de manhã. Todos em casa saem para passear e ele fica com o tal amigo em casa. Não se vê nada, nada...
E eu lhe perguntei- é por isso que estás desconfiada do rapaz?- Sim, disse-me ela. E ele tem um jeito estranho, sei lá.
Bem, jeito estranho não define ninguém. Nem nada. O que é um "jeito estranho"? É derivado á maneira como andamos, como falamos, como nos vestimos? Ou é devido á maneira como nos olham, nos julgam, sejamos nós heteros ou homossexuais? Desde quando ter um jeito estranho é alguma coisa?
Conheço pessoas estranhas mas o que me leva a ter essa mesma opinião á respeito delas? O que me faz pensar ou achar que aquelas pessoas em particular são estranhas? Será o mesmo que pensam de mim? Serei eu estranha para a maioria das pessoas? E o que me torna estranha perante essas pessoas?
Bem, á dúvida da minha amiga respondi " E se ele for?" So what??
Mas ainda não consegui encontrar resposta para essa estranheza de que tanto falam nos outros.
Diferente como? - perguntei.
Bem -ela começou a contar sobre a tal diferença- ele não sai de casa aos fins-de-semana e vai sempre a casa dele um rapaz, que dorme lá e vai embora na 2ª-feira de manhã. Todos em casa saem para passear e ele fica com o tal amigo em casa. Não se vê nada, nada...
E eu lhe perguntei- é por isso que estás desconfiada do rapaz?- Sim, disse-me ela. E ele tem um jeito estranho, sei lá.
Bem, jeito estranho não define ninguém. Nem nada. O que é um "jeito estranho"? É derivado á maneira como andamos, como falamos, como nos vestimos? Ou é devido á maneira como nos olham, nos julgam, sejamos nós heteros ou homossexuais? Desde quando ter um jeito estranho é alguma coisa?
Conheço pessoas estranhas mas o que me leva a ter essa mesma opinião á respeito delas? O que me faz pensar ou achar que aquelas pessoas em particular são estranhas? Será o mesmo que pensam de mim? Serei eu estranha para a maioria das pessoas? E o que me torna estranha perante essas pessoas?
Bem, á dúvida da minha amiga respondi " E se ele for?" So what??
Mas ainda não consegui encontrar resposta para essa estranheza de que tanto falam nos outros.
06/06/08
Direitos e Deveres = Amigos e Conhecidos?
Há aqui ao lado, no blog da minha vizinha tem um desabafo sobre a conduta dos amigos. Para mim, ter dito o que sou aos meus amigos e ter sido aceite por eles, foi uma grande vitória e em alguns casos não esperava que isso acontecesse. Se calhar, contento-me com pouco. Mas não posso exigir dos meus amigos que tomem as mesmas atitudes que eu, que frequentem os mesmos lugares, que levantem as mesmas bandeiras. Não são menos meus amigos por isso. Continuam a ser os meus amigos, pois me aceitam, pois me entendem, pois me apoiam e não têm culpa do que se passa á minha volta. Para eles, sempre fui igual, sempre fui amada e querida e isso, como prova de amizade, chega.
Esse post não tem nada a ver com o que se passa aqui na vizinha Cacao. Tal como a dela, é apenas uma opinião baseada na relação que tenho com os meus amigos.
Esse post não tem nada a ver com o que se passa aqui na vizinha Cacao. Tal como a dela, é apenas uma opinião baseada na relação que tenho com os meus amigos.
O cliente tem sempre razão e ponto
Estava a tentar concentrar-me num trabalho para um cliente. Ele quer um site para a sua loja. Eu disse-lhe o que poderia fazer. Ele quer uma imagem de fundo que é horrível e tira toda a graça ao design do site. Eu tentei explicar-lhe que ficava feio. Ele quer mesmo assim...Eu tento dizer-lhe novamente que não ficará bom, ele insiste que é assim que quer...
O cliente tem sempre razão, mas se eu colocar aquilo online e as pessoas forem ver o meu trabalho, ainda pensam que a ideia daquilo foi minha e lá vai a minha reputação de pessoa criativa.
O cliente nem sempre tem razão mas se ele paga aquilo que peço sem reclamar, paciência!!!!!!!!!!!!!!!!
O cliente tem sempre razão, mas se eu colocar aquilo online e as pessoas forem ver o meu trabalho, ainda pensam que a ideia daquilo foi minha e lá vai a minha reputação de pessoa criativa.
O cliente nem sempre tem razão mas se ele paga aquilo que peço sem reclamar, paciência!!!!!!!!!!!!!!!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Faça a sua doação!
Acerca de mim
- Patty
- Sou simpática, embora ás vezes tenha cara de poucos amigos. Tenho 1,80 só a título informativo... Sou de Escorpião e tenho todas as más e boas qualidades desse lindo signo. Sou brasileira, carioca e orgulhosamente Flamenguista e Benfiquista. Tenho os meus traumas e dramas, por isso não há melhor lugar no mundo para falar deles, do que aqui!!
Ellen Degeneres Blog
Ajudar a Teresa e a Helena
Helena Maria Mestre Paixão
conta BPI: 1-3806134.000.001
NIB: 0010.0000.3806.1340.0016.8
conta BPI: 1-3806134.000.001
NIB: 0010.0000.3806.1340.0016.8
Qual a sua orientação sexual?
Stop Homophobia
Escritas em dia
-
Erotic 3Há 13 anos
Users Online
Cúmplices
Os meus vizinhos!!
- MissM&M
- Cidade das Portas
- Um (pequeno) detalhe em azul
- Panteras Rosa
- Rede Lésbica
- LES Make it Straight
- Rafaela
- Intermitências
- Platonic Passions
- Laura Pausini Portugal
- Os Belos e os Monstros
- Fórum da rede ex aequo
- não-memórias de uma lésbica
- SOS Animais
- Oxalá
- Lesbofera
- Do Outro Lado do Oceano
- Além do Segredo
Arquivo do blogue
-
▼
2008
(152)
-
▼
junho
(12)
- Sem título
- Perdoar mas não esquecer ou esquecer e perdoar?
- Depilação Cavada
- Gente estranha
- Direitos e Deveres = Amigos e Conhecidos?
- Morningside 4 Life!!!
- Lindo smile!!!
- Eles estão de volta!!! I Want to Believe!!!
- Rock in Metallica!!!!!
- O cliente tem sempre razão e ponto
- Bichanos 1
- Futuros Cd's + Dvd's
-
▼
junho
(12)